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terça-feira, 28 de julho de 2015

Histórias da Família Bettencourt


Por Gíggia Valéria
Minha música preferida de Luis Gil Bettencourt é "Dreams". Amo tudo que ele fala sobre o grande sonho de ser um guitarrista e toda a emoção que ele passa nessa música. Dia 09 de Junho de 2015, Luis Gil Publicou em sua página no Facebook uma linda história dos Bettencout (eu adoro ler sobre a história de nossos queridos integrantes da Banda Extreme). Eu quero  compartilhar alguns trechos dessa história de final feliz. Nela Luis Gil cita o dia em que compôs a canção "Dreams". Eu fiquei surpresa e emocionada.

"Outra história delicada dos Bettencourt...
A maior parte ou alguns de vocês, me agradecem por tão pouco que eu fiz pelo Nuno. Nuno tornou-se o que ele é, porque ele sempre foi o que é. É assim que a vida funciona, você tem isso e você trabalha isso que você tem. Isto é, se você tem a inteligência para fazê-lo.
Ok, aqui vai a história: A 10ª criança tinha chegado (contando apenas os que viviam), tudo estava normal na pequena casa na Praia da Vitória no Poço D'Areia. Nosso Pai se foi para os EUA em busca de condições e melhores meios para a família. A contagem regressiva começou em dois anos para a nossa partida para Boston. Dias se passaram e a vida na América não cumprimentou bem ao meu pai, o que significa que por um tempo estivemos sem fundos em nossa pequena casa. Tempos difíceis? Sim! Muitas vezes difícil lidar com a falta de comida etc. Mas nunca a falta de verdadeiro amor por uma mulher chamada Aureolina, nossa Mãe. Ela passava grande parte de seu tempo encontrando uma maneira de manter as nossas energias flutuante. 
Um dia, eu voltei para casa, após um  ensaio, eu deveria  ter 13 anos de idade e o quarto da minha mãe tinha uma cor e luz diferente. Era tudo branco. Não sabia onde os lençóis da cama começavam ou onde  as cortinas terminavam. Tudo que eu sei é que ela estava na cama fazendo companhia a Nuno que estava com muita febre. O Dinheiro estava curto e foi necessário  obter medicamentos para Nuno. Olhando para todo esse cenário Eu estava esperando receber meu pagamento brevemente por causa de umas apresentações que eu tinha feito na base Lages no NCO Club. Sai no meio da noite e tentei conseguir algum dinheiro. Sem sucesso naquela noite. Não dormi bem e de hora em hora, eu conferia  o quarto branco para garantir que os nossos anjos estivessem bem, mas na névoa daquela tempestade branca, a respiração não parecia natural, mas como eu não era médico, podia ter sido o meu pulso correndo pelas minhas orelhas. 
Na manhã seguinte, corri para Santa Rita e tive a sorte de obter o meu pouco dinheiro para alimentos e medicamentos para o nosso anjo. Corri para casa como se eu estivesse tentando ganhar os jogos olímpicos de vida, voei pela porta como um Superman menor (machucando minha cabeça no caminho), apenas para abrir a porta do quarto branco e abrir também um sorriso feliz em meu coração, mas encontrei um vazio de céu sem anjos. Lá estava eu,​​frio como gelo, imaginando o pior. Minha irmã Fátima sussurrou que a mãe tinha levado Nuno para o hospital na cidade. 24 km de distância, tornou-se uma eternidade naquele dia, Nuno tinha sido diagnosticado com Meningite. Devo confessar que eu não fiz ideia de que diabos isso significava. 
A noite, eu me forcei a ir para a Filarmonica Esplanade local, onde tivemos filmes ao ar livre. Uma caminhada e sentar-se para assistir um tipo de filme arcade. O filme, eu não me lembro, estava ocupado indo de assento em assento pedindo às pessoas que me falassem o que era Meningite. 
Foi até este momento, no meio desta sombra que esta pessoa mais velha decidiu me avisar. Com a luz se movendo na tela, batendo a expressão facial, tipo de vai e vem, me diz que as consequências na maioria dos casos pode ser mortal e se este sobreviver a possibilidade de viver como um vegetal estava no topo das paradas. 
Desnecessário será dizer que, naquela noite triste, mais tarde, eu escrevi uma canção chamada "Dreams". Dias se passaram e em uma determinada manhã os anjos andaram pela casa como se tivessem saído de férias. Logo, Nuno tinha um grande sorriso e minha mãe, mais uma vez tinha algo a ver com isso, seu amor à beira do leito. 
Durante esse mês, a comida estava sobre a mesa em todos os momentos. Ouça eu não sou cientista, mas a minha pergunta é: será que Nuno enlouqueceu depois de tudo? ... A partir desse dia, verde tornou-se a minha cor favorita, a cor da esperança. Roubei este casaco de Nuno, eu o visto nos dias em que eu preciso buscar um tipo especial de força, a força do amor da família ..." Luis Gil Bettencourt

Texto original em https://www.facebook.com/luisgil.bettencourt.5/posts/1862118274014244




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